VERTENTES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


Existem duas vertentes principais na educação ambiental: conservadora e crítica.
A conservadora é a mais consolidada. Ela possui um conceito melhor definido e simplifica o tema reduzindo-o à necessidade de intervenções pontuais.
Parte da tese que, por meio da disseminação de princípios ecológicos gerais, se poderá conquistar mudanças comportamentais.
Por não se envolver no questionamento aprofundado das raízes dos problemas observados, não tem como proposta o entendimento das causas, mas a atuação sobre os efeitos.
Com o propósito de facilitar a comunicação, a vertente conservadora fragmenta o conhecimento em disciplinas de fronteiras conhecidas.
Recomenda a transmissão das informações por meio de métodos tradicionais, com foco no conteúdo e sem abordagem continuada.
Pode ser observada por meio dos inúmeros projetos de coleta seletiva de lixo, plantio de mudas de árvores, da realização de semanas do meio-ambiente, entre outras ações de médio e curto prazo.
Já a educação ambiental crítica oferece uma alternativa mais atuante e transformadora.
Ela é fruto da percepção da sociedade quanto à necessidade de ações efetivas para o enfrentamento de crises ambientais do mundo moderno.
Não possui um conceito definido e compartilhado, nem mesmo uma única forma de se trabalhar.
Requer reflexões interdisciplinares para a compreensão dos problemas e a tomada de ações.
Os projetos não são considerados como ponto de chegada, mas como ponto de partida, com o objetivo de criar mudanças e consolidar práticas.
A partir da profunda compreensão dos problemas, a vertente crítica busca desenvolver soluções que incluam pontos de vista múltiplos.
No lugar da coleta seletiva, estimula o consumo consciente.
Em vez do plantio de mudas, incentiva a gestão de hortas comunitárias.
Já no lugar de semana do meio ambiente, propõe a mudança no estilo de vida das pessoas.

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